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Capitão de Campos
Capitão de Campos é um município brasileiro do estado do Piauí. Localiza-se a uma latitude 04º27'24" sul e a uma longitude 41º56'33" oeste, estando a uma altitude de 130 metros. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de habitantes.

De acordo com as pesquisas arqueológicas mais recentes, o território do atual Estado do Piauí é habitada por grupos humanos há muitos milênios. O início dessa ocupação teria ocorrido entre 50 mil ou mesmo 100 mil anos atrás, segundo as datações obtidas em diversos sítios arqueológicos localizados no Parque Nacional Serra da Capivara, como o Toca do Boqueirão da Pedra Furada, Sítio do Meio e Tira-Peia. Ainda que objeto de bastante discussão entre os especialistas, tais sítios apresentam vários painéis de grafismos rupestres e antigas fogueiras, instrumentos líticos (ferramentas de pedra), enterramentos humanos e até material cerâmico de grupos indígenas mais recentes.

Embora não se saiba exatamente o período em que foram produzidos, em Capitão de Campos há dois sítios arqueológicos com grafismos rupestres: Pedra dos Letreiros I e Pedra dos Letreiros II. Testemunhos dos primeiros ocupantes dessa região, estes sítios estão localizados em abrigos sob rocha nas imediações do riacho Jacu. Esses sítios foram classificados pelos arqueólogos como pertencentes à Tradição Geométrica, apresentando pinturas esquematizadas de lagartos e mãos humanas – todas em vermelho. –, sendo eventualmente visitados tanto por moradores do município quanto por turistas

Destaca-se ainda a proximidade em relação ao Parque Nacional de Sete Cidades, localizado a menos de 50 quilômetros do município de Capitão de Campos. Nele se encontram diversos painéis de grafismos rupestres (pássaros de asas abertas, carimbos de mãos, lagartos e figuras antropomorfas em tons de vermelho e amarelo) produzidos entre 6.000 e 2.000 anos atrás. Por sua vez, grupos indígenas agricultores e ceramistas, teriam chegado à região setentrional do Piauí nos últimos 3.000 anos, conforme datações obtidas no sítio arqueológico Seu Bode, localizado no município de Luís Correia.

O centro-norte do atual território piauiense era habitado por diversos grupos indígenas quando da chegada dos primeiros colonizadores portugueses, uma vez que constituía um verdadeiro corredor de passagem para os que transitavam entre os atuais Maranhão, Bahia, Ceará e Pernambuco. Os Tobajara (também conhecidos como Tabajara) e Potiguara, falantes de um idioma relacionado ao tronco linguístico Tupi-Guarani, habitavam boa parte da região, havendo também relatos da presença dos Tacarijú, Quitaiaú e Ocongá durante o século XVII. Sobre os Tacarijú (também conhecidos como Tacariú), teriam sido aliados dos franceses e inimigos dos Tobajara, sendo também conhecidos por seu nomadismo e endocanibalismo. Todavia, as poucas informações disponíveis a respeito dos primeiros contatos entre europeus e ameríndios na região, bem como a atribuição de nomes equivocados a grupos étnicos distintos em termos geográficos e temporais, dificulta bastante o detalhamento do contexto indígena desse período. Com efeito, termos como "tobajara" e "potiguara" poderiam ser categorias classificatórias de grupos tupi, definindo relações de aliança ou inimizade entre estes

Os primeiros dois séculos de ocupação portuguesa das terras setentrionais piauienses se desenvolveram de forma bastante esparsa, sendo que a área do atual município de Capitão do Campo pertencia à Capitania do Piauí. O naufrágio de uma esquadra formada por dez embarcações, em março de 1536, em local atualmente conhecido como Parcel de Manuel Luís, frustrou um dos maiores esforços colonizadores lusitanos na América Portuguesa do século XVI. A empreitada, formada pelos donatários Aires da Cunha, Fernão Álvares de Andrade e João de Barros previa a instalação de cerca de 900 colonizadores nas ditas capitanias do norte (Maranhão 1 e 2, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte 1 e 2), o que provavelmente teria as transformado em áreas economicamente mais significativas nesse primeiro momento.

Por outro lado, a potencialidade da região do que viria a se tornar o estado do Piauí foi percebida já na primeira metade do século XVI, quando foram estabelecidas as primeiras divisões coloniais. O tamanho de sua capitania englobava toda a desembocadura do rio Parnaíba e praticamente todos seus contribuintes maiores, alcançando por terras internas as capitanias de Itamaracá e Pernambuco. Contudo, em que pese a navegabilidade do rio Parnaíba e a possibilidade de escoamento da produção agrícola, a hoje em dia conhecida baixa fertilidade do solo de caatinga da região, pobre em nutrientes e de fácil exaustão, também dificultou o estabelecimento de canaviais na região durante o período colonial Uma vez a produção açucareira de plantation do vale do Parnaíba não tendo prosperado, sendo seu crescimento muito menor do que de suas capitanias limítrofes, a região ora esteve sob influência política do Maranhão, ora mais próxima das capitanias ligadas ao vale do rio São Francisco.

O sertão piauiense somente foi ocupado de forma efetiva a partir da segunda metade do século XVII, quando teve início o estabelecimento de frentes pastoris que possibilitavam o abastecimento de proteína animal aos engenhos espalhados pelo litoral nordestino. A expansão da colonização se deu em diversas áreas do sertão consideradas capazes de sustentar milhares de cabeças de gado, resultando na criação da Capitania de São José do Piauí em 1718, sendo esta desmembrada do então Estado do Maranhão

Também na segunda metade do século XVII se dá o momento de maior expansão da colonização da região conhecida como Campo Maior. De acordo com as fontes disponíveis, em 1693 teria se estabelecido na região um fidalgo português, conhecido como Dom Francisco da Cunha Castelo Branco. Tendo este fundado algumas fazendas de gado em terrenos da freguesia de Santo Antônio do Surubim – atual Campo Maior Embora seja incerta a data de criação dessa freguesia, as fontes indicam que o local era considerado uma grande pastagem verde, capaz de sustentar milhares de cabeças de gado e ainda possuía um grande recurso humano – populações indígenas – que poderiam servir de cativos.

O território piauiense tinha se tornado um refúgio para as populações indígenas pressionadas pelo avanço europeu sobre seus antigos territórios. De acordo com algumas fontes do século XVIII, as margens dos rios piauienses abrigavam uma quantidade grande de grupos ameríndios, os quais “fervilhavam como formiga”. Nesse contexto de expansão sobre territórios indígenas, bem como escravização e expulsão dos mesmos, cabe destacar as campanhas dos bandeirantes Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense, contratados especificamente para esta tarefa por famílias importantes do Recôncavo Baiano 
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